O programa Voa Brasil, lançado pelo governo para facilitar o acesso de aposentados do INSS ao transporte aéreo, vendeu 10.422 passagens em dois meses, de um total de 3 milhões de bilhetes oferecidos. A iniciativa permite a compra de passagens por até R$ 200 por trecho, mas as vendas ficaram abaixo do esperado, representando menos de 1% do total disponibilizado.
Lançado em 24 de julho, o programa foi projetado para beneficiar aposentados que não viajaram de avião nos últimos 12 meses. Apesar do baixo volume de vendas, o governo destaca o sucesso do programa em promover a inclusão social, permitindo que muitos brasileiros tenham acesso ao transporte aéreo pela primeira vez.
Tomé Franca, secretário de Aviação Civil, afirmou que o foco do programa é a inclusão social, e que ele está cumprindo seu papel ao permitir que milhares de aposentados entrem no mercado da aviação civil. A expectativa é beneficiar pelo menos 1,5 milhão de aposentados.
O programa oferece assentos ao longo de 12 meses, com variação de disponibilidade conforme a ocupação dos voos e a temporada. No entanto, um executivo do setor de aviação apontou que o baixo volume de vendas pode ser atribuído a outros custos associados à viagem, como tarifas de embarque e hospedagem.
Entre os destinos mais procurados, São Paulo lidera com 2.918 reservas, seguido pelo Rio de Janeiro e Fortaleza. Cerca de 45% dos voos foram para o Sudeste e 40% para o Nordeste, com a capital cearense sendo a cidade mais procurada no Nordeste.
O Voa Brasil é uma parceria entre o Ministério de Portos e Aeroportos e as principais companhias aéreas brasileiras, sem subsídio governamental. Os bilhetes são oferecidos em uma plataforma exclusiva para aposentados.
A próxima fase do programa está prevista para o primeiro semestre de 2025, com a inclusão de estudantes de instituições de ensino público como beneficiários. O governo espera que essa expansão aumente o alcance e o impacto social do programa.