O acompanhamento pré-natal é essencial para a saúde do bebê e da mãe. Saiba o que é, como é feito e o que não pode faltar em uma consulta.
A chegada de um bebê é um momento sonhado por muitas mães, mas, para que ela seja tranquila, o cuidado começa muito antes – em alguns casos, até mesmo antes do esperado resultado positivo. O pré-natal é fundamental durante a gravidez, marcado por mudanças no corpo da gestante e na rotina de todos aqueles que acompanham a futura mãe.
A importância do pré-natal é comprovada, prevista em lei e regulamentada pelo Ministério da Saúde. Conhecer mais sobre esse acompanhamento é essencial para que o atendimento seja eficaz e garanta a assistência necessária à gestante e ao seu parceiro.
O que é pré-natal?
O pré-natal é um conjunto de ações assistenciais que tem como objetivo cuidar da saúde do bebê e da gestante até o parto. Por meio do acompanhamento mensal – ou até mesmo quinzenal –, é possível prevenir, detectar e tratar doenças maternas e fetais, diminuindo riscos de complicações para a mãe e seu filho.
Além de promover o desenvolvimento saudável do bebê, o pré-natal é um momento para planejar o futuro. É durante as consultas que a família pode montar o plano de parto, esclarecer dúvidas e criar, com a equipe médica, um ambiente confortável e seguro para receber o bebê. Por isso, manter o pré-natal em dia é fundamental para garantir que a chegada da criança seja marcada por alegria e tranquilidade.
A importância do pré-natal
A importância do pré-natal vai muito além do desenvolvimento do bebê. Ela passa pela saúde da mãe, pela criação de laços e pelo planejamento para receber o novo membro da família.
Entre os principais benefícios que o pré-natal proporciona, estão: fornecimento de informações gerais sobre a adaptação da rotina durante a gravidez; prescrição de dietas, exercícios e medicações e informações sobre medicamentos permitidos e proibidos durante a gestação; orientações sobre hábitos de higiene, vestuário, sono, atividades recreativas e sexualidade; apoio psicológico e tratamento de sintomas típicos da gestação; prevenção e tratamento de doenças que afetam a mãe ou o bebê; e preparação para o parto, podendo ser escrito o plano de parto.
Quando começar o pré-natal?
Muitas gestantes não sabem quando começar o pré-natal, mas a verdade é que, em um cenário ideal, a primeira consulta com o obstetra escolhido deve ser agendada antes mesmo da notícia da gravidez – a chamada consulta pré-concepcional.
A consulta pré-concepcional é destinada a pessoas que tenham planos de engravidar. O objetivo é analisar minuciosamente o estado de saúde e o histórico clínico, ginecológico e obstétrico da futura gestante.
Durante a consulta pré-concepcional, é realizado um exame físico – com aferição de pressão arterial, peso e altura da paciente – e solicitados alguns exames laboratoriais. É uma espécie de check-up com o intuito de preparar o corpo da mulher para receber o bebê.
Em casos em que a consulta pré-concepcional não seja possível, é ideal que os pais iniciem a rotina de pré-natal quando noticiados sobre a gravidez.
Por se tratar de um período repleto de mudanças na rotina e no corpo da futura mamãe, é fundamental que ela e todos aqueles que participam da gestação sejam orientados a respeito de como se adaptar a essas mudanças, que ocorrem desde as primeiras semanas.
O Ministério da Saúde recomenda que sejam realizadas, no mínimo, seis consultas de pré-natal para acompanhar o desenvolvimento do bebê e o estado de saúde da mãe – uma no primeiro trimestre, duas no segundo e três no terceiro. No entanto, a frequência ideal desse acompanhamento é um pouco maior: ao menos uma consulta por mês e visitas mais frequentes nas últimas semanas de gestação.
Exames pré-natais: quais os principais?
Existe uma série de exames pré-natais, e muitos deles já são realizados durante toda a vida. Alguns são repetidos a cada trimestre e outros solicitados apenas na primeira consulta do pré-natal para verificar o estado de saúde geral da gestante.
Conheça os principais exames:
Anti-HIV – Recomendado para o início e o final da gravidez, esse teste identifica a presença do vírus causador da AIDS no sangue. Trata-se de um exame muito importante para a gestante, pois a identificação do vírus permite o tratamento com medicações que impedem a transmissão vertical da doença.
Sorologia infecciosa para sífilis – Assim como o vírus causador da AIDS, a ocorrência de sífilis na gestação pode ser prejudicial para o bebê, mas, se tratada adequadamente, pode ser evitada a transmissão vertical. Por isso, é recomendado que se faça o exame no primeiro e no último trimestre da gestação.
Hepatite B – O exame que detecta a presença dessa doença na gestante deve ser feito no primeiro trimestre da gestação com o intuito de adotar, em caso de diagnóstico positivo, medidas que reduzam a possibilidade de transmissão vertical.
Sorologia para toxoplasmose – O Toxoplasma gondii é um microrganismo extremamente perigoso para o desenvolvimento do feto, pois pode causar danos ao sistema nervoso e à visão do bebê. Por isso, é fundamental detectar, no primeiro trimestre da gestação, se a mulher está ou já foi infectada.
Rastreamento de estreptococos do grupo B – Trata-se de um exame que deve ser feito algumas semanas antes do parto para identificar a presença dessa bactéria na região vaginal. Caso dê positivo, devem ser adotadas medidas no momento do parto para evitar problemas como a infecção generalizada no bebê.
Tipo sanguíneo – Um dos exames mais relevantes no início da gestação, a testagem do tipo sanguíneo é fundamental para a saúde do bebê. Se o fator Rh for negativo na mãe e positivo no pai, é necessário fazer um tratamento para evitar que o feto desenvolva anticorpos prejudiciais para o próprio corpo.
Glicemia – Exame importante para detectar se a gestante desenvolveu diabetes gestacional. Deve ser feito nos três trimestres da gravidez.
Hemogramas podem ser solicitados com mais frequência, com o objetivo de verificar e garantir que a hemoglobina esteja sempre em taxas normais. A ultrassonografia obstétrica, por sua vez, também é feita com frequência para acompanhar o crescimento e o desenvolvimento do bebê.
Como funciona o pré-natal
O pré-natal é uma etapa fundamental da gravidez e deve estar presente em todos os períodos, desde a notícia da chegada do bebê até o parto. As informações principais da gestante e do bebê devem ser anotadas no Cartão da Gestante a cada consulta de pré-natal para que a evolução da gravidez esteja sempre à mão.
Algumas etapas que devem ser consideradas em todas as visitas do pré-natal:
Cálculo e anotação da idade gestacional.
Exame físico e ginecológico.
Verificação de peso da gestante.
Aferição da pressão arterial da gestante.
Medição do crescimento da barriga.
Ausculta do coração do bebê.
Análise de pele, mucosas, mamas e verificação de edemas.
Palpação obstétrica e medida da altura uterina.
Com um pré-natal regular e o acompanhamento dos principais pontos de atenção da gravidez, a chegada dos pequenos será ainda mais alegre e tranquila.