Um milhão de refugiados deixaram a Ucrânia desde o início da invasão russa, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU)
Pelo menos um milhão de refugiados deixaram a Ucrânia desde o início da invasão russa no dia 24 de fevereiro, de acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU). Acompanhe a cobertura especial da CNN.
Na edição desta quinta-feira (2) do quadro Correspondente Médico, do Novo Dia, o neurocirurgião Fernando Gomes explicou como a sensação de insegurança e a necessidade de abandonar a própria casa impacta negativamente no desenvolvimento de crianças e adolescentes.
“A sensação de pertencimento é fundamental para que a gente possa expressar o que temos dentro do nosso coração e do nosso cérebro. […] Quando você se despede da sua casa ou do seu lar sem a certeza ou a segurança de que vai retornar a ter a vida como anteriormente, o cérebro entra em um processo realmente delicado de crise”, afirma.
Os principais destinos dos refugiados são países como Polônia, Hungria, Moldávia, Eslováquia e Romênia. Cerca de 7,5 milhões de crianças estão em situação de risco devido ao conflito.
“As crianças aprendem muito através do que a gente chama de neurônio-espelho, observando o comportamento do responsável, como ele está reagindo emocionalmente, quais são os passos que vão ser tomados, muitas vezes, isso acaba impactando de uma forma definitiva na vida dessas crianças”, disse.
Segundo Gomes, o acolhimento dos refugiados neste momento se faz essencial como estratégia para reduzir os potenciais danos na formação de jovens e crianças, incluindo o oferecimento de água potável, materiais de higiene, medicamentos e a disponibilização de clínicas móveis voltadas para o apoio psicológico.