A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou recentemente a pesquisa “Truth Quest”, que avalia a habilidade das pessoas em identificar conteúdos falsos e enganosos na internet. O estudo abrangeu 21 países e contou com a participação de 40.765 entrevistados.
Os resultados mostraram que, em média, os participantes conseguiram identificar corretamente a veracidade dos conteúdos em 60% das vezes. Curiosamente, as pessoas tiveram mais dificuldade em reconhecer conteúdos verdadeiros (56%) do que falsos (61%).
Um dado interessante da pesquisa é que os conteúdos gerados por inteligência artificial foram mais facilmente identificados, com uma precisão de 68%, em comparação aos conteúdos criados por humanos.
A Finlândia destacou-se com o melhor desempenho, atingindo 66% de acertos na análise dos conteúdos. Em contrapartida, o Brasil apresentou o menor índice, com apenas 54% de acertos, ficando abaixo da média global.
O estudo também revelou que os países nórdicos, em geral, tiveram um desempenho superior, enquanto nações da América Latina, como Brasil e Colômbia, precisam melhorar sua alfabetização digital e capacidade de análise crítica nas redes sociais.
Outro ponto observado foi o consumo de notícias através das redes sociais. Na América Latina, mais de 85% das pessoas frequentemente ou ocasionalmente obtêm informações por meio dessas plataformas, enquanto em países como Alemanha, Japão e Reino Unido, esse número é inferior a 60%. Os países com menor consumo de notícias via redes sociais apresentaram melhores resultados na identificação de conteúdos verdadeiros.
Esses dados ressaltam a importância de promover a educação midiática e o pensamento crítico, especialmente em regiões onde o consumo de informações pelas redes sociais é predominante. A capacidade de discernir entre o verdadeiro e o falso é crucial em um mundo cada vez mais digitalizado.