Durante a madrugada de domingo para segunda-feira, uma sabotagem atingiu as redes de fibra ótica de várias operadoras de internet na França, afetando diversas regiões do país. A secretária de Estado para o Digital, Marina Ferrari, condenou os atos como “irresponsáveis” e “covardes”, destacando que o incidente impactou o acesso à fibra, telefonia fixa e móvel.
A infraestrutura das operadoras SFR e Bouygues Telecom foi vandalizada nos departamentos de Meuse e Oise, no sul da França. Este ataque ocorreu poucos dias após uma sabotagem em linhas de trem de alta velocidade, que causou caos nas estações na manhã de sexta-feira.
Na ocasião, cabos de fibra ótica próximos aos trilhos foram cortados e incendiados, afetando a transmissão de informações de segurança nas linhas férreas. O incidente coincidiu com a abertura das Olimpíadas e um dos finais de semana de maior movimento devido às férias de verão.
Cerca de 800 mil pessoas compraram passagens de trem para o fim de semana, mas 100 mil tiveram seus trens cancelados. O ministro dos Transportes, Patrice Vergriete, informou que um ativista de ultra-esquerda foi preso, suspeito de envolvimento na sabotagem.
Apesar dos transtornos, a empresa ferroviária SNCF garantiu que todos os trens de alta velocidade estão operando normalmente. Reparos foram realizados para permitir que os passageiros viajassem a partir de segunda-feira, e a SNCF se comprometeu a reembolsar aqueles afetados por cancelamentos ou atrasos.
A vigilância da rede ferroviária foi intensificada, com a mobilização de agentes de manutenção e segurança, além do uso de drones e helicópteros. O custo da sabotagem foi estimado em milhões de euros, mas não deve impactar o preço das passagens, segundo o ministro.
Este incidente ressalta a vulnerabilidade das infraestruturas críticas durante eventos de grande escala, como as Olimpíadas, e a necessidade de medidas de segurança reforçadas para prevenir futuros ataques.