A relação entre clientes e instituições financeiras está passando por uma transformação significativa, explica o CEO Robson Gimenes Pontes, fundador da Shield Bank. Impulsionada pela demanda por soluções mais inteligentes, as instituições estão cada vez mais flexíveis e alinhadas à realidade de cada perfil. O futuro do setor está nas contas bancárias personalizadas, modelos que se moldam às necessidades do usuário, e não o contrário.
Durante décadas, o padrão foi oferecer produtos genéricos para todos os tipos de clientes, do microempreendedor ao grande empresário. Mas hoje, cada vez mais pessoas buscam experiências bancárias que façam sentido para seu dia a dia, com funcionalidades específicas, taxas condizentes e atendimento realmente humanizado. A personalização passou de diferencial a expectativa básica. Instituições como o Shield Bank têm liderado esse movimento com soluções pensadas para acelerar o crescimento dos negócios.
Por que o modelo tradicional de conta bancária está ficando para trás?
A conta bancária tradicional foi projetada para ser uma estrutura fixa, muitas vezes engessada, com serviços que nem sempre fazem sentido para o cliente. Isso cria desperdício de tempo e dinheiro, além de uma experiência desconectada da realidade atual. Robson Gimenes destaca que o consumidor moderno espera praticidade, controle e soluções que dialoguem com sua rotina e seus objetivos.
No caso das empresas, essa desconexão se torna ainda mais crítica. Contas que não acompanham o volume de transações, que dificultam a conciliação financeira ou que cobram tarifas desproporcionais acabam atrapalhando o desempenho do negócio. Por isso, o futuro está em oferecer estruturas bancárias ajustáveis, que evoluem conforme a empresa cresce e que permitem a integração com ferramentas de gestão, pagamentos e benefícios.

Como as contas personalizadas ajudam no crescimento das empresas?
Contas adaptadas permitem que as empresas tenham mais previsibilidade e controle sobre suas finanças. Funcionalidades como relatórios automatizados, limites moduláveis, antecipação inteligente de recebíveis e integração com sistemas de pagamento tornam a gestão mais ágil e eficiente. Robson Gimenes Pontes ressalta que, ao enxergar a conta bancária como um centro de comando financeiro, é possível transformar a relação com o dinheiro em uma ferramenta de planejamento e expansão.
Qual o papel da tecnologia na criação de experiências bancárias personalizadas?
A tecnologia é o principal motor dessa mudança. Por meio de dados e inteligência artificial, é possível entender o comportamento financeiro do cliente e propor soluções proativas. Para Robson Gimenes Pontes, mais do que digitalizar o banco, é preciso torná-lo inteligente e capaz de antecipar necessidades, sugerir ajustes e atuar como parceiro real na jornada do usuário. Isso exige plataformas robustas, mas também empatia e visão de futuro.
Com o uso de dashboards intuitivos, notificações personalizadas e fluxos automatizados, a conta bancária deixa de ser um simples repositório de dinheiro e passa a ser uma extensão da gestão empresarial. Essa evolução beneficia desde empresas até autônomos e pessoas físicas que desejam organizar melhor sua vida financeira. A tecnologia é o que viabiliza a personalização em escala sem abrir mão da qualidade do atendimento.
Construindo um novo padrão de relacionamento
Robson Gimenes Pontes conclui que o relacionamento entre cliente e instituição financeira precisa ser reequilibrado com mais escuta, flexibilidade e alinhamento aos objetivos do cliente. Contas bancárias personalizadas representam esse novo caminho: mais estratégico, mais humano e mais eficiente. Ao priorizar as necessidades reais dos usuários, os bancos deixam de ser fornecedores e se tornam parceiros de crescimento.
Autor: Polina Kuznetsov