O fundador da Log Lab, Antônio Fernando Ribeiro Pereira, frisa que nos últimos anos o trabalho remoto deixou de ser exceção para se tornar uma prática comum em muitas empresas. Essa transformação, impulsionada principalmente pela pandemia e consolidada pela digitalização, exige uma nova abordagem na forma como os líderes se relacionam com suas equipes. Manter a motivação, a produtividade e, principalmente, o vínculo humano à distância tornou-se um dos principais desafios para quem lidera.
Como manter a motivação em times que trabalham de casa?
A motivação no ambiente remoto está profundamente ligada à autonomia, ao reconhecimento e ao propósito. Quando os colaboradores entendem o valor do seu trabalho e percebem que são valorizados, mesmo longe fisicamente, sentem-se mais engajados. Reconhecer resultados, promover feedbacks regulares e deixar claro como cada função impacta o todo são ações simples, mas poderosas nesse processo.
Antônio Fernando Ribeiro Pereira evidencia que é essencial garantir que os profissionais tenham clareza de metas, estrutura adequada e sintam-se parte da equipe. Momentos de celebração — ainda que virtuais — ajudam a manter o clima organizacional positivo. Pequenos rituais, como reuniões semanais descontraídas ou espaços para trocas pessoais, contribuem para manter o entusiasmo e fortalecer a sensação de pertencimento.
Como criar conexão humana sem o contato presencial?
A empatia é uma das principais ferramentas do líder remoto. Mostrar-se presente, ouvir com atenção e compreender os desafios individuais de cada membro da equipe são atitudes que promovem laços duradouros. Isso pode ser feito por meio de encontros virtuais frequentes que não se restrinjam apenas ao trabalho, mas também acolham a dimensão humana de cada colaborador.

Outro ponto importante é o uso inteligente da tecnologia para facilitar o contato. Câmeras ligadas durante conversas, mensagens de acompanhamento e conversas informais pelo chat ajudam a reduzir a frieza que a distância pode trazer. Antônio Fernando Ribeiro Pereira explica que quando o líder demonstra interesse genuíno pelo bem-estar da equipe, cria-se uma cultura de cuidado que vai além da produtividade.
Quais práticas favorecem uma liderança eficaz no modelo remoto?
Uma comunicação clara, constante e aberta é a base para liderar à distância com sucesso. O líder deve se tornar um facilitador, promovendo um ambiente onde todos saibam a quem recorrer, o que é esperado de si e onde encontrar suporte. Ferramentas como agendas compartilhadas, sistemas de gestão de tarefas e reuniões curtas e objetivas ajudam nesse alinhamento.
Segundo Antônio Fernando Ribeiro Pereira, a liderança remota também exige flexibilidade e confiança. Monitoramento excessivo pode gerar ansiedade e diminuir a autonomia da equipe. Ao invés disso, definir entregas claras e dar liberdade para que cada um organize sua rotina promove responsabilidade e engajamento. O foco deixa de ser o controle do tempo e passa a ser o resultado do trabalho.
Liderar de longe, conectar de perto
Liderar remotamente é, antes de tudo, um exercício de confiança, empatia e boa comunicação. Em um cenário onde os contatos físicos são limitados, o vínculo humano precisa ser construído por meio de escuta ativa, reconhecimento e senso de comunidade. O papel do líder é manter acesa a chama da motivação, cultivar relações verdadeiras e adaptar sua forma de gestão ao novo mundo do trabalho. Quando há conexão humana, mesmo a maior das distâncias se torna pequena.
Autor: Polina Kuznetsov