A Inter&Co enxerga a inteligência artificial generativa como o próximo movimento relevante no seu processo contínuo de inovação tecnológica, afirmou o diretor de tecnologia (CTO) do grupo, Guilherme Ximenes.
O executivo afirmou que a IA generativa já está presente nas operações, tanto em setores como jurídico ou recursos humanos, como em áreas como atendimento a cliente, reduzindo o tempo médio de atendimento.
“O próximo passo é um assistente pessoal do nosso cliente”, disse o executivo em entrevista à Reuters, um dia após a Inter&Co realizar em Nova York um evento para investidores com foco em tecnologia.
“É sempre um trabalho em progresso, teremos os nossos desafios técnicos, mas imagina o cliente conversando com seus dados financeiros?”, acrescentou, citando exemplo potencial em que o usuário poderá perguntar ao sistema onde gastou mais nos últimos meses e em quais categorias o dinheiro foi mais investido.
De acordo com o CTO, o momento é de “lambuzar as mãos”, descobrir os melhores casos de uso, com todas as verticais de negócios do grupo presentes no aplicativo com uso potencial dessa tecnologia.
“O que nós queremos fazer agora é explorar todas as possibilidades”, afirmou Ximenes, destacando o fato da Inter&Co já ter superado muitas barreiras tecnológicas como um diferencial positivo em relação à concorrentes.
“Temos mais liberdade hoje para colocar o nosso time de tecnologia focado em geração e desenvolvimento do negócio em vez de ficar trabalhando para resolver desafios técnicos”, se referindo à migração de sistemas do banco para centrais de computação em nuvem, por exemplo.
A Inter&Co divulgou na semana passada que teve lucro líquido recorde de R$ 195 milhões no primeiro trimestre, crescimento de oito vezes sobre o mesmo período do ano passado, tendo adicionado 1 milhão de clientes ativos.