Segundo Fernando Trabach Filho, a inteligência artificial (IA) está cada vez mais presente no nosso dia a dia, desde recomendações de filmes até decisões médicas e financeiras. Contudo, junto com os benefícios, surgem questões éticas importantes que não podem ser ignoradas. Com isso em mente, a seguir, vamos explorar três grandes desafios éticos da IA: o viés algorítmico, a privacidade dos dados e a responsabilidade sobre decisões automatizadas. Isto posto, esses temas são essenciais para entender como a tecnologia impacta a sociedade e o que pode ser feito para evitar problemas no futuro.
A IA pode ser injusta? O problema do viés algorítmico
Muitos sistemas de IA são treinados com base em dados históricos, que podem conter preconceitos humanos, como comenta o administrador de empresas Fernando Trabach Filho. Por exemplo, algoritmos usados em processos seletivos podem favorecer certos grupos em detrimento de outros, reproduzindo desigualdades já existentes. Logo, se os dados usados no treinamento não forem equilibrados, a IA pode reforçar discriminações em vez de corrigi-las.
Além disso, o viés algorítmico pode afetar áreas como justiça criminal e empréstimos bancários. Pois, se um sistema aprende com dados tendenciosos, ele pode tomar decisões injustas sem que ninguém perceba. Por isso, é determinante que empresas e desenvolvedores testem e ajustem constantemente esses algoritmos, garantindo que eles sejam justos e transparentes.
Até onde vai à privacidade em um mundo dominado pela IA?
De acordo com Fernando Trabach Filho, a IA depende de grandes quantidades de dados para funcionar, e muitas vezes esses dados são pessoais. Redes sociais, assistentes virtuais e sistemas de reconhecimento facial coletam informações sobre nossos hábitos, preferências e até localização. Tendo isso em vista, a questão é: quem garante que esses dados estão sendo usados de forma ética e segura?

Aliás, vazamentos e usos indevidos de informações já aconteceram em grandes empresas, mostrando que a privacidade está em risco. Dessa maneira, se não houver regras claras e fiscalização, a IA pode se tornar uma ferramenta de vigilância em massa. Por isso, é essencial que governos e organizações criem leis e políticas fortes para proteger os direitos dos usuários.
Quem é responsável quando a IA comete um erro?
Quando um carro autônomo causa um acidente ou um sistema automatizado nega um benefício importante a alguém, quem deve ser responsabilizado? O desenvolvedor, a empresa ou o próprio algoritmo? Essa falta de clareza sobre a responsabilidade jurídica é um dos maiores desafios éticos da IA.
Inclusive, muitos sistemas de IA funcionam como “caixas pretas”, ou seja, até mesmo seus criadores não sabem exatamente como certas decisões são tomadas, conforme frisa o administrador de empresas Fernando Trabach Filho. O que dificulta a identificação de erros e a correção de falhas. Sendo assim, para evitar injustiças, é preciso estabelecer regras claras sobre responsabilidade e transparência no desenvolvimento e uso da IA.
É preciso equilibrar inovação e ética
Em suma, nota-se que a inteligência artificial traz avanços incríveis, mas também exige cuidado para não causar mais problemas do que soluções. Uma vez que o viés algorítmico, a privacidade e a responsabilidade são questões que não podem ser ignoradas. Isto posto, se governos, empresas e sociedade trabalharem juntos, é possível criar uma IA que beneficie a todos, sem sacrificar valores éticos fundamentais. Portanto, o futuro dessa tecnologia depende das escolhas que fazemos hoje.
Autor: Polina Kuznetsov