Segundo o crítico de cinema Gustavo Beck, a distribuição de filmes têm sido uma peça-chave para o sucesso da sétima arte desde o início do último século. Assim como outras áreas da vida humana, o cinema também passou por muitas transformações e, consequentemente, a maneira como as obras de cinema e televisão chegam até às pessoas também mudou. Desse modo, com o crescimento do cinema ao longo das décadas, novas formas de distribuição cinematográfica surgiram no horizonte.
Se você tem interesse sobre esse tema e quer conhecer mais sobre a evolução das estratégias de distribuição cinematográfica ao longo dos anos, acompanhe a leitura deste artigo até o final!
A distribuição cinematográfica no início do cinema
Quando o cinema se tornou possível e passou a ser explorado, poucas pessoas tinham acesso a essa arte. No entanto, o curador de cinema Gustavo Beck explica que, a partir do momento que os primeiros estúdios surgiram, a distribuição cinematográfica passou a se desenvolver de maneira expressiva para que as grandes produções pudessem chegar até o público geral.
Inicialmente, especialmente no início do século XX, apenas estúdios locais e em regiões concentradas atuavam de maneira efetiva na distribuição dos filmes. Assim, alguns desses filmes eram exibidos em cinemas e teatros para a população local.
Foi apenas com a chegada dos estúdios hollywoodianos que esse cenário se transformou para se tornar o que é hoje. Gustavo Beck, que é curador de cinema e film consultant destaca que a ascensão de Hollywood durante a década de 1920 permitiu que os estúdios tivessem mais controle sobre a produção, distribuição e a exibição das produções cinematográficas.
Cinema independente no horizonte
Mudando a rota traçada anteriormente, a década de 1950 testemunhou o surgimento de distribuidoras independentes, rompendo o monopólio dos grandes estúdios. Essas empresas buscavam novas formas de levar filmes ao público, explorando festivais e circuitos alternativos.
Com a chegada e popularização da televisão nas décadas de 1950 e 1960, os estúdios viram na nova mídia tanto uma ameaça quanto uma oportunidade. A estratégia de lançamentos simultâneos em cinemas e televisão foi uma resposta inovadora para alcançar um público diversificado. Dessa maneira, quando os espectadores chegavam aos cinemas ou ligavam suas televisões, havia mais que apenas uma opção de conteúdo para assistir.
A revolução do VHS e os sistemas de armazenamento posteriores
Com o surgimento dos primeiros aparelhos de armazenamento e reprodução de filmes caseiros a partir da década de 1980, as coisas passaram a evoluir de maneira ainda mais expressiva.
Assim como explica Gustavo Beck, agora as famílias podiam escolher os filmes que gostariam de assistir quando quisessem, sem a necessidade de esperar o horário certo dos programas de TV. O VHS e o videocassete foram os primeiros dispositivos a surgirem, após muitos outros aparecerem, sempre inovando em tecnologia, como os DVD ‘s, Blu Ray e outros.
A Era dos streamings
Atualmente, os cinemas ainda fazem sucesso e as televisões contam com uma infinidade de canais com programações distintas disponíveis. No entanto, a forma de distribuição de filmes, séries e outros conteúdos cinematográficos são certamente os serviços de streaming. O film maker Gustavo Beck destaca a importância de streamings como a Netflix, Amazon Prime, HBO Max, Disney+ e muitos outros.
Esses serviços são responsáveis por armazenar uma infinidade de conteúdos que podem ser acessados pelos usuários a qualquer momento e com poucos cliques. É interessante notar que o custo para manter uma conta de acesso aos diferentes streamings é relativamente baixo em relação à infinidade de conteúdos disponíveis nos catálogos.
O futuro do universo cinematográfico
Concluindo, o curador de cinema Gustavo Beck frisa a importância de cada uma dessas fases e todo o trabalho de inúmeros profissionais do cinema para que, na atualidade, a distribuição de filmes seja facilitada. Com cada vez mais produções acontecendo, investimento na área e a fácil divulgação para o grande público, o cinema tende a continuar relevante nas próximas décadas.